Aí vão algumas regras importantes sobre hífen, de acordo com o Novo Acordo Ortográfico:
Principais usos do hífen:
A) Para indicar a ênclise e mesóclise de pronomes oblíquos átonos aos verbos:
Exemplos: auxiliou-me, julgou-a, partir-lhe, atingiu-nos, amá-lo-ei, enviar-lhe-emos, dá-se.
B) Nas ligações de formas pronominais enclíticas ao advérbio “EIS” (eis-me, ei-lo) e ainda nas combinações de formas pronominais “o, a, os, as”, com os pronomes oblíquos “nos” e “vos” (no-lo, vo-las), quando em próclise.
Exemplo: Esperamos que no-lo comprem.
→ ATENÇÃO: Não se emprega o hífen nas ligações da preposição “DE” às formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver: hei de, hás de, hão de, etc.
C) Em vocábulos compostos, formados por dois substantivos (substantivo+substantivo), quando o segundo substantivo indicar forma, tipo ou finalidade do primeiro:
Exemplos: médico-cirurgião, turma-piloto, guarda-noturno, caneta-tinteiro, chave-mestra, decreto-lei, célula-mãe, homem-robô, café-concerto.
D) Palavras compostas por justaposição. Só se ligam por hífen os elementos das palavras compostas em que se mantém a noção da composição, ou seja, os elementos das palavras compostas conservam cada um a sua própria acentuação, porém formando um novo sentido.
Exemplos: decreto-lei, arco-íris, afro-asiático, ano-luz, arcebispo-bispo, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto, alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano, afro-asiático, afroluso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, segunda-feira, conta-gotas, caneta-tinteiro, saia-calça, finca-pé, guarda-chuva.
E) Para unir os sufixos “açu”, “guaçu” e “mirim”, se o elemento anterior terminar em vogal acentuada graficamente, ou em tônica nasal.
Exemplos: andá-açu, araçá-guaçu, amoré-guaçu, capim-açu, Ceará-Mirim, açaí-mirim
F) Nos adjetivos gentílicos, quando derivados de nome de lugar (topônimos compostos).
Exemplos: norte-americano, rio-grandense-do-norte, ítalo-brasileiro.
G) Nos topônimos (nomes próprios de lugares) compostos iniciados pelos adjetivos “grã-“, “grão-” ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigo.
Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Abre-Campo, Trinca-Fortes, Traga-Mouros, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Trás-os-Montes.
H) Nas espécies botânicas ou zoológicas, ligadas ou não por preposição:
Exemplos: Couve-flor
→ ATENÇÃO: Quando se perde a noção do composto, quase sempre em razão de um dos elementos não ter vida própria na língua, não se escreve com hífen, mas aglutinadamente.
Exemplos: abrolhos, bancarrota, fidalgo, vinagre, claraboia, mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, girassol, madressilva, pontapé.
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