São Paulo – Há mais de 270 milhões de anos, a região que hoje compõe o estado de São Paulo tinha um outro tipo de vegetação, apontou um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e divulgado nesta segunda-feira pelo biólogo Rafael Faria, responsável por sua realização.

(Imagem: Divulgação)

O acadêmico averiguou e identificou a estrutura anatômica de fósseis de madeira do período Permiano, o último da era Paleozoica, quando a Terra era formada por um único continente (Pangeia) e os dinossauros ainda não existiam.

As espécies, já extintas, são similares às araucárias e aos pinheiros, segundo suas características anatômicas. As conclusões mencionadas foram alcançadas a partir da comparação do padrão dos anéis de crescimento do tronco de acordo com o clima, as estações e as características das folhas.

‘A parede celular das plantas possuem lignina e é uma estrutura rígida, sendo fácil de ser preservada ao longo do tempo’, explicou o biólogo à Agência EFE.

Outro dado interessante que o biólogo descobriu foi a presença de fungos nos fósseis, os quais, segundo ele, podem indicar um ecossistema em colapso.

‘A princípio pensei que fosse sujeira, mas depois descobri que eram fungos’, afirmou o pesquisador. No entanto, os micro-organismos citados não foram identificados, já que os mesmos estavam muito danificados.

O estudo contou com mostras de sete regiões do estado de São Paulo: Piracicaba, Saltinho, Rio Claro, Santa Rosa de Viterbo, Angatuba, Conchas e Laras.

 

Fonte: Info Exame