Natal
O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
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Traduções Jurídicas deseja um Feliz Natal a seus leitores!
BOAS FESTAS!
Extraído do livro
“Fernando Pessoa
Obra Poética – Cancioneiro“
Cia. José Aguilar Editora
Rio de Janeiro, 1972
pág. 140.
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